sábado, 26 de abril de 2008

Vetiver -- Esquema de plantio

Estabilização de Solos e o Controle de Erosão com Vetiveria zizanioides (L.) Nash.



Estabilização de Solos e o Controle de Erosão com Vetiveria zizanioides (L.) Nash.

RESUMO

A erosão hídrica é um dos mais graves problemas ambientais decorrentes do mau uso do solo. A espécie Vetiveria zizanioides (L.) Nash. apresenta atributos eco-fisiológicos únicos no mundo, capaz de estabilizar o solo e controlar a erosão nas mais diversas condições bioedafoclimáticas, se desenvolvendo aonde nenhuma outra planta sobreviveria. Em áreas perturbadas, onde os métodos convencionais de proteção ambiental, geralmente, consistem em soluções complexas, pouco práticas, de custo elevado, e de eficiência questionável, a Biorremediação Vetiver é uma alternativa tecnológica simples, eficaz, segura, e de reduzido custo operacional e econômico. A Biorremediação Vetiver torna realidade a estabilização de solos e controle da erosão, a proteção de mananciais, e a contenção de encostas habitadas localizadas em áreas frágeis. A produção de mudas de Vetiver é uma tarefa bastante simples, ocupa pequenos espaços e não requer grandes investimentos. A versatilidade da Biorremediação Vetiver faz com que a tecnologia possa ser reproduzida em qualquer parte do território brasileiro. O Vetiver é produzido no Horto Municipal de Caxambu, com a participação de recuperandos do sistema penal e de adolescentes infratores, fruto da parceria entre a Prefeitura Municipal de Caxambu, o Ministério Público e o Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais (Comarca de Caxambu), o Instituto Estadual de Florestas (I.E.F.) e a EMATER-MG. O trabalho humaniza o cumprimento das penas privativas de liberdade, e cria mecanismos para a efetiva recuperação de condenados, um instrumento à preservação ambiental e inserção social através da qualificação profissional. As interações entre as esferas do Poder Público constroem e fortalecem parcerias na construção de uma nova Sociedade.

Estabilização de Solos e o Controle de Erosão com Vetiveria zizanioides (L.) Nash.

1. INTRODUÇÃO

A erosão hídrica é um dos mais graves problemas ambientais decorrentes do mau uso do solo (Bertoni & Lombardi Neto, 1990). As estatísticas sobre perdas físicas de solo em todo o mundo revelam que, a cada ano, bilhões de toneladas de terra fértil são erodidas e transportadas para os rios. Segundo o Programa de Qualidade Ambiental da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), no Brasil as perdas já atingem 840 milhões de toneladas anuais (Embrapa Agroecologia, 2007). O drama não é só brasileiro, é mundial, e particularmente grave nas regiões tropicais (Bley, 1999).

No passado, as perdas de solo arável arruinaram civilizações inteiras, como os Maias na América Central. A queda do Império Romano tem provável relação com a exaustão dos solos, pelo arraste das camadas férteis. (Buckman & Brady, 1977). “As nações só duram o que dura o seu solo” (Tompkins & Bird, 1993).

As partículas de solo, em suspensão na água, transportam nutrientes, matéria orgânica e sementes, o que acarreta no empobrecimento do solo agrícola, elevando os custos de produção podendo, inclusive, resultar no abandono de áreas anteriormente produtivas (Bertoni & Lombardi Neto, 1990; Parker et al., 1995).

Além do prejuízo na reposição dos nutrientes perdidos, outro grande problema decorrente é o assoreamento de corpos de água. O assoreamento afeta não só o abastecimento de água potável à população rural e urbana, como as atividades agrícolas e industriais, e também, a produção de energia elétrica, tendo em vista que mais de 95% da energia produzida no país provém de hidrelétricas (ANEEL, 2002).

Segundo o IBGE, os desastres ambientais mais comuns no Brasil são deslizamentos de encostas e erosão. Entre os anos 2000/2002, 2.263 municípios brasileiros (41% do total) declararam ter sofrido algum tipo de alteração ambiental que afetou as condições de vida da população (IBGE, 2007).

Dos 1.954 municípios (35%) que informaram alteração da paisagem, 676 municípios (35%) disseram que a causa foi a erosão do solo (voçorocas, ravinas e deslizamentos). A ocupação irregular de áreas frágeis foi indicada por 525 municípios, ou seja, 47% dos que informaram a degradação. Dos 366 municípios que declararam ter sofrido alteração ambiental devido ao deslizamento de encostas, só 30% (ou 110) praticaram alguma ação voltada à contenção de encostas (IBGE, 2007).

A erosão do solo – segundo problema ambiental mais mencionado – causou prejuízo à agricultura em 43,1% dos municípios. Em 95,0% dos municípios brasileiros, a agricultura foi considerada uma atividade importante, mas em 36,3% deles (1.919) houve prejuízos na atividade, por problemas ambientais (IBGE, 2007).

2. INOVAÇÃO “BIORREMEDIAÇÃO VETIVER”

Biorremediação é o processo no qual organismos vivos, normalmente plantas ou microorganismos, são utilizados tecnologicamente em intervenções ambientais. Este processo tem sido intensivamente pesquisado, e recomendado pela comunidade científica como uma alternativa viável para o tratamento de ambientes degradados.

2.1. O Vetiver (Vetiveria zizanioides (L.) Nash.)

O Vetiver é bastante conhecido desde os mais remotos tempos da Antigüidade, cultivado há pelo menos 6.000 anos, foi largamente propagado ao redor do mundo pela importância na produção de óleo essencial aromático e por seus “poderes mágicos”. Atualmente é encontrado em quase toda região Pantropical do planeta.

O Vetiver é uma planta herbácea e perene (pode vegetar durante séculos). A espécie é constituída por touceiras de arquitetura ereta, com folhas e hastes longas, delgadas e bastante resistentes e consistentes.

A origem do Vetiver é ainda desconhecida, segundo alguns autores é proveniente das regiões pantanosas do subcontinente indiano (Vietnã, Sri Lanka & Sul da Índia). Atualmente é muito cultivado na Indonésia e nas Índias Ocidentais.

2.1.1. Classificação Sistemática

Reino Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Poaceae (ant. Gramineae)

Subfamília: Panicoideae

Tribo: Andropogoneae

Gênero: Vetiveria

Espécie: Vetiveria zizanioides (L.) Nash.

Sinonímia: Chrysopogon zizanioides (L.) Roberty

2.1.2. Atributos morfológicos & fisiológicos

Espécie pioneira, o Vetiver apresenta características eco-fisiológicas únicas no mundo. A capacidade de estabilizar o solo e controlar a erosão, aliada a excepcional adaptação ás mais diversas e inóspitas condições bioedafoclimáticas, o que a torna possível se desenvolver onde nenhuma outra planta sobreviveria. Extremamente rústica, o Vetiver é simultaneamente hidrófilo e xerófilo, além de resistir a extremos hídricos (300–3.000 mm/ano), também tolera extremos térmicos (-14ºC a +55ºC).

A fixação biológica de nitrogênio atmosférico e do fósforo, através da associação de bactérias e fungos simbióticos das raízes, permite ao Vetiver vegetar em praticamente qualquer tipo de terreno, tolerando solos de baixa fertilidade, e com valores extremos de pH, salinidade e toxidez.

A complexa rede de bainhas e folhas do Vetiver retém a translação de sedimentos, dos mais finos aos mais grosseiros, estabelecendo barreiras naturais, que reduzem a velocidade das enxurradas e aumentam a capacidade de infiltração d’água no solo, controlando a erosão até mesmo em grandes inclinações (150º).

As raízes do Vetiver são extensas e profundas, crescem até 3 cm por dia e atingem de 2 a 3 metros de profundidade no primeiro ano de plantio, podendo alcançar até 6 metros de extensão. As raízes não entram em dormência, mesmo em baixas temperaturas do solo (15Cºdia e 13Cºnoite), mesmo nestas condições foram registradas taxas de crescimento radicular de 1,26 mm/dia.

O extenso alcance das raízes do Vetiver, em profundidade, lhe confere uma surpreendente capacidade de resistência à seca prolongada, e uma extraordinária capacidade de recuperação após sofrer estresses, como queimada, pastoreio intensivo, alagamentos, etc. A espécie já demonstrou uma enorme qualidade de resistência ao ataque de pragas e doenças, e ao acamamento por fortes ventos.

A raiz do Vetiver apresenta um impressionante poder de penetração, de tamanho vigor, que pode inclusive transpor camadas com impedimentos rochosos. O sistema radicular agregante de solo, forma um grampeamento natural muito difícil de ser desalojado, como “pregos do solo”.

A excepcional capacidade na estabilização de solos pelas raízes do Vetiver advém da grande densidade relativa das suas raízes (6–10 kPa/Kg por m³ de solo), volume muito superior a cobertura realizada pelas raízes das árvores (3,2–3,7 kPa/Kg por m³ de solo).

A resistência da raiz do Vetiver aumenta com a redução do diâmetro, ou seja, raízes novas já conferem a proteção do solo. As raízes do Vetiver apresentam força tensil que variam de 40–180 [Mpa]. As raízes com diâmetros de 0,2–2,2 mm têm uma força tensil média de 75 [Mpa], equivalente a 1/3 da força tensil do aço, só que as raízes de Vetiver jamais enferrujam...

Caso o Vetiver venha a ser enterrado, pelo deslocamento e o acumulo de sedimentos, os seus nós emitem novas raízes, que nivelam a planta com a nova superfície do terreno.

Os incríveis atributos e a versatilidade conferem o status ao Vetiver de “uma das espécies mais úteis e promissoras à Humanidade deste século”.

2.1.3. Biorremediação Vetiver

Em áreas perturbadas, onde os métodos convencionais de proteção ambiental, geralmente, consistem em soluções complexas e pouco práticas, de custo elevado, e de eficiência questionável, a “Biorremediação Vetiver” oferece uma alternativa tecnológica simples, eficaz, segura, e de reduzidos custos operacionais e econômicos.

O Vetiver é produzido no Horto Municipal de Caxambu, o que permite a criação de “ferramentas vivas” a serem empregadas na estabilização de solos e controle da erosão, nas proteções de mananciais, e nas contenções em áreas frágeis de encostas habitadas.

Nos trabalhos de Biorremediação Vetiver desenvolvidos na zona rural, são disponibilizadas plantas matrizes de Vetiver para serem cultivadas e multiplicadas pelos produtores, e posteriormente utilizadas nas intervenções ambientais. Na zona urbana, como o espaço físico das residências geralmente é limitado para a produção de mudas, são disponibilizadas todas as plantas exigidas nas contenções.

O espaçamento de plantio à produção de mudas de Vetiver é de 50 cm entre plantas e entre linhas. Nas intervenções ambientais, o espaçamento de plantio mais indicado, é de 10–15 cm entre plantas, posicionadas em faixa, e plantadas no sentido horizontal, de “cortar as águas”. O número e o intervalo entre as fileiras de Vetiver variam conforme as características do lugar, podendo variar de 2–5 metros entre as fileiras.

3. ENGAJAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS E USUÁRIOS

Os produtores rurais, e principalmente a população urbana que habita áreas frágeis, têm adotado a Biorremediação Vetiver para a solução dos problemas ambientais provocados pelos processos erosivos. Os Viveiros de Vetiver se multiplicam nas zonas rurais da nossa região.

A revitalização do Horto Municipal de Caxambu é fruto das valiosas parcerias estabelecidas, entre a Prefeitura Municipal de Caxambu (através das Secretarias de Meio Ambiente e Ação Social), o Ministério Público e o Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais (Comarca de Caxambu), o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Policia Militar do Estado de Minas Gerais, e a EMATER-MG.

A Promotora Pública de Caxambu, através de Ação Civil Pública, repassa recursos provenientes de multas a danos ambientais, ao aparelhamento do Horto Municipal de Caxambu.

Foram implantados Viveiros para a produção de mudas de Vetiver nos municípios de Baependi, Soledade de Minas, Aiuruoca, e São Thomé das Letras.

4. POTENCIAL MULTIPLICADOR

A Biorremediação Vetiver, graças aos atributos e a incrível rusticidade da espécie, pode ser reproduzida em todo o território brasileiro. A produção de mudas de Vetiver é uma tarefa bastante simples, ocupa pequenos espaços e não requer grandes investimentos, dispensando o uso de sacolinhas plásticas como recipientes da plantas.

Em artigo científico publicado no “The Journal of the American Botanical Council”, é transcrito a importância mundial da “Biorremediação Vetiver”, informando que uma barreira de contenção de Vetiver pode custar cerca de US$ 30,00/hectare (+/- R$ 60,00), enquanto os custo com métodos convencionais podem ultrapassar US$ 500,00/hectare (+/- R$ 1.000,00). Encerra o artigo afirmando ser “os povos do terceiro mundo os que mais podem se beneficiar desta “dadiva da natureza”.

Conhecido como “Capim Mágico” nas regiões áridas da Austrália, o Vetiver é largamente utilizado na estabilização de barreiras em obras rodoviárias na China, Malásia e Tailândia, além de “proteger” as lavouras de mais de 500.000 produtores rurais na Etiópia.

O Vetiver tem um grande potencial de utilização na fabricação de produtos farmacêuticos. O óleo de Vetiver é um importante produto obtido da raiz da planta, que contém centenas de terpenos, terpenóides, fenóis, etc. Excelente fixador de perfumes, entra na composição de 20% da perfumaria fina mundial. Atualmente possui três aplicações comerciais primárias: aromatizantes em perfumes, flavorizantes de alimentos e inseticida natural.

O óleo de Vetiver possui atividades biológicas multifuncionais, foi testado quanto ás suas propriedades antioxidantes e carcinogênicas. No que diz respeito ao seu potencial carcinogênico, o óleo de Vetiver demonstrou que pode ser a “chave” para o desenvolvimento de novas drogas contra cânceres específicos, já que inibiu o crescimento em até 89% de três tipos de células cancerosas estudadas.

Ayurveda significa conhecimento da vida (ayur=vida, veda=conhecimento), é a ciência de saúde mais antiga da Humanidade, com mais de 5.000 anos de existência, e utiliza na sua abordagem terapêutica, plantas medicinais, dentre as quais o Vetiver.

São vários os desequilíbrios de saúde tratados com Vetiver pela Ayurveda são: Alexeterico (contra envenenamentos); amenorréa (ausência de mestruação) e dismenorrea (mestruação dolorosa); anti-constipante; antispasmodico (desmaios), antiemético (inibe o vômito), anti-inflamatório; asma; calmante; câncer de próstata; carminativo (flatulência); cefalalgia; cistites; cólicas; debilidade cardíaca; depurativo de sangue; diabete (elimina a dependência de insulina); digestivo; dispepsia (dificuldade de digerir); diurético; doenças de pele; diarréia; emenagogo (menstruação); erisipela (doença de pele); estomático (infecção na boca); espermatorréa (derramamento involuntário de esperma); expectorante; febrífugo; halitose (mau hálito); helmintiase (infeção por vermes); hemoptsia (expectoração sangüínea); hemorragia; hepatites; hérnia; hiper-hidrose (suor excessivo); hipersipsia (excesso de salivação); histeria; incontinência urinária; insônia; náuseas; pedra nos rins; pericardites (inflamação no coração); refrescante; soporífico (estimula o sono); tônico; uretrites; vermífugo.

As folhas do Vetiver cortadas e misturadas servem como forragem, de elevado valor protéico.No campo o gado não come as suas folhas excepto se forem plantas muito jovens , além de fornecer matéria prima à confecção de artesanatos, uma das principais atividades geradoras de trabalho e renda nas regiões onde é cultivado.

5. RESULTADOS OBTIDOS NA CONSERVAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E NO AUMENTO DE DISPONIBILIDADE DA ÁGUA E REDUÇÃO DA POLUIÇÃO.

A intricada rede de bainhas e folhas do Vetiver estabelece barreiras naturais, filtrando e aumentando a capacidade de infiltração d’água, promovendo a melhoria da qualidade e na quantidade d’água.

O Município de São Thomé das Letras tem como principal atividade a extração mineral de quartzitos (Pedra de São Thomé). A exposição dos rejeitos da mineração aos agentes naturais erosivos representa um potencial impacto ambiental às áreas internas e ao entorno dos empreendimentos. A recuperação de áreas degradadas (RAD) por atividade de mineração é um problema pontual de emissão de sedimentos dentro de uma Bacia Hidrográfica, acarretando enormes prejuízos ao meio ambiente, em especial nos mananciais. O Núcleo Técnico da EMATER-MG, que integra profissionais das mais diversas áreas de atuação, vêm desenvolvendo o trabalho: “Biorremediação Vetiver & a Regeneração Paisagística de São Thomé das Letras”.

Em Soledade de Minas utilizamos a Biorremediação Vetiver na proteção do ponto de captação de água da cidade, que sofre um intenso processo erosivo, o que poderia comprometer o abastecimento da população, estimada em mais de 3.400 habitantes.

No Município de Baependi/MG a “Biorremediação Vetiver” contribui na contenção da erosão, e na melhoria da quantidade e da qualidade d’água dos moradores da Comunidade Rural do Juju.

A Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes (EAFI) desenvolve projetos de tratamento de efluentes agropecuários com a Biorremediação Vetiver.

O Vetiver apresenta uma excepcional capacidade de conversão de radiação solar em biomassa, podendo produzir mais de 100 toneladas de biomassa/hectare/ano, o grande volume de material orgânico facilita a penetração de raízes e a retenção de água nos solos

6. AÇÃO SOCIAL

Muitos projetos estão sendo desenvolvidos pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais com o objetivo de humanizar o cumprimento das penas privativas de liberdade, e criar mecanismos para a efetiva recuperação dos condenados. Uma oportunidade da saída do preso do ambiente nefasto da cadeia pública, aonde não existe a menor expectativa de recuperação.

A ênfase da metodologia esta na valorização do recuperando, restaurando valores inerentes à personalidade humana, promovendo, assim, sua transformação e capacitando-o a conviver novamente, de forma harmoniosa e pacifica, em seu meio social, diminuindo o impacto negativo que causa o simples encarceramento.

Sem perder de vista a finalidade punitiva da pena, a inserção no convívio social, transformando o “condenado” em recuperando. Parte-se da premissa de que, recuperado o infrator, protegida está a Sociedade.

A parceria estabelecida com o Poder Judiciário e a Promotoria Pública da Comarca de Caxambu vêm tornando possível a participação de recuperandos do sistema penal nos trabalhos do Horto Municipal, e também nas intervenções com a Biorremediação Vetiver desenvolvidas dentro dos limites geográficos do Município. Como medida sócio-educativa, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, também são encaminhados adolescentes que cometeram atos infracionais.

A conduta é um dos principais critérios na seleção dos condenados à participação dos trabalhos do Horto Municipal e das intervenções ambientais Biorremediação Vetiver. A oportunidade estimula o melhor comportamento no cárcere, e faz influenciar positivamente na melhoria de comportamento dos presos, além de reduzir os custos prisionais, pois a cada três dias trabalhados é reduzido um dia da pena privativa de liberdade.

Humanizar o cumprimento das penas privativas de liberdade, e criar mecanismos para a efetiva recuperação dos condenados, a revitalização do Horto Municipal de Caxambu é um instrumento de inserção social através da qualificação profissional.

As intervenções urbanas com a Biorremediação Vetiver vêem reabilitando áreas consideradas de grande risco habitadas pela população mais carente.

7. RETORNO COMUNITÁRIO

Caxambu tem como principal atividade econômica o turismo, a cidade prospera com as águas virtuosas, desde o seu descobrimento, em princípios do século XIX. Considerada “a mais tradicional Estância Hidromineral do Brasil”, é considerada a “maior concentração de águas minerais carbogasosas do planeta, a fama das suas águas corre mundo...”.

A revegetação das áreas degradadas além de preservar a qualidade das águas minerais, é um componente de grande importância na paisagem urbana. Exerce a função ecológica, no sentido de melhoria do ambiente urbano, estético. O embelezamento das vias públicas em Caxambu é um importante incremento ao potencial turístico da cidade. A preservação e valorização dos bens culturais e ambientais contribuem para o sentimento positivo de identidade, despertando admiração e o respeito da Comunidade.

Os trabalhos desenvolvidos no Horto Municipal de Caxambu contribuem na promoção turística da cidade, na preservação ambiental, além de promover a reintegração social dos recuperandos do sistema penal e de adolescentes infratores através da qualificação profissional.

A proposta da implantação da Biorremediação Vetiver na recomposição vegetal em São Thomé das Letras vai contribuir na preservação dos seus atrativos naturais, atraindo e valorizando o turismo local - uma das principais atividades socioeconômicas do Município.

8. RISCOS & IMPACTOS AMBIENTAIS DA BIORREMEDIAÇÃO VETIVER

O Vetiver é considerado uma das plantas mais seguras do mundo para utilização em fitorremediações. Fora de seu habitat natural o Vetiver não oferece qualquer risco de se transformar em erva invasora. Cultivado há séculos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, nunca houve qualquer registro de que qualquer planta tivesse “escapado” ás áreas de cultivo.

Quanto à introdução no Brasil, deve ter ocorrido logo depois do descobrimento, pois acha-se subespontânea por toda a parte, nas praias da Ilha de Marajó e desde a Amazônia até São Paulo, anterior ao trigo, arroz, cevada e sorgo (Corrêa, 1984). Após quase 500 anos de introdução do Vetiver no Brasil nunca houve qualquer registro de praguejamento da espécie.

O Vetiver nunca é agressivo, raramente produz sementes férteis, nunca produz rizomas, nem estolões, nem qualquer outra estrutura reprodutiva, só podendo ser multiplicado por subdivisões de touceiras. Para a total eliminação do Vetiver basta arranca-lo e deixa-lo exposto ao tempo.

Pesquisas realizadas com amostras de Vetiver provenientes de vários países indicam que, em sua grande maioria, o Vetiver distribuído ao redor do Planeta é geneticamente idêntico e, parecem descender de um mesmo genótipo, uma garantia de homogeneidade e estabilidade da planta.

Há séculos vários povos da África e Ásia utilizam o Vetiver na demarcação territorial das propriedades, um registro da total imobilidade da planta e segurança da tecnologia. Milhares de hectares de terras cultivadas estão protegidos na Índia, China e África. A Biorremediação Vetiver têm mais de 200 anos de histórias na Índia, e compõe “terraços vegetais” na ilhas Fiji há mais de 50 anos. Neste período a planta nunca mostrou qualquer perigo de doença e praguejamento, nem como intermediário de moléstias.

O Vetiver foi testado por 5 anos, sob a coordenação de pesquisadores do laboratório Engineering Research Laboratories (USACERL), que incorporou o Vetiver em vários projetos experimentais para avaliar a sua performance e eficácia como ferramenta biotecnológica na estabilização e preservação de solos com estruturas e texturas distintas. O relatório de avaliação concluiu que o Vetiver foi a espécie que apresentou as melhores resultados de fitorremediação.

A Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (U.S. Agency For International Development - USAID); o Conselho de Pesquisa dos Estados Unidos (The National Research Council – NRC), e a Academia de Ciência Naturais (National Academy of Sciences) pesquisaram a Biorremediação Vetiver, sendo aprovada, por unanimidade, como tecnologia barata, eficaz e segura para o efetivo controle de erosão e conservação da água no solo”.

Grimsbaw & Helfer, 1995, relataram que após 30 anos trabalhando com Vetiver em diversos países do mundo, nunca foi observado qualquer praga e/ou doença que possa atacá-la ou servir como hospedeiro.

As agências de proteção ambiental reguladoras já estão emitindo certificados de emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. Cada bônus, cotado em dólares, eqüivale a uma tonelada de poluentes. Os preços estipulados oscilado média de US$ 80,00/tonelada de CO2 cerca de R$ 160,00). O Vetiver tem uma admirável capacidade de seqüestro de carbono, segundo dados de pesquisa podem reter até 53 toneladas de CO²/hectare/ano, o que representa uma significativa contribuição na melhoria ambiental do Planeta.

A EMATER-MG, após mais de cinco anos orientando e acompanhando intervenções ambientais com a “Biorremediação Vetiver”, nunca constatamos qualquer incidência de plantas que apresentassem estruturas reprodutivas (cariopse, rizoma ou estolão), o que confere maior garantia de segurança na idoneidade da “ferramenta tecnológica” que vêm sendo empregada. Para o rastreamento e identificação do Vetiver, convencionamos a denominação de “NHÁ CHICA” para o material vegetativo trabalhado.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A natureza oferece infinitas ferramentas ao desenvolvimento sustentável. A vida da população humana no planeta é total e indiscutivelmente dependente dos recursos genéticos vegetais. As espécies de plantas que possuem valor atual ou potencial para a humanidade, como o Vetiver, constituem a parte essencial da agrobiodiversidade.

A “Biorremediação Vetiver” é de domínio público, por isso não existe qualquer ônus referente à propriedade intelectual na utilização da espécie e/o da tecnologia empregada ou desenvolvida.

A conservação do meio ambiente é essencial para manter a qualidade de vida e garantir sobrevivência das futuras gerações. Em países como o Brasil, contudo, as necessidades sociais imediatas são tão vitais quanto. Integrar e fortalecer as parcerias entre as esferas do Poder Público na construção de uma nova Sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEL - AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. Atlas de energia elétrica do Brasil. Brasília, DF: Aneel, 2002. 153 p.

BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 2. ed. São Paulo: Editora Ícone, 1993. 352 p.

BLEY. C. J. Erosão solar: risco para a agricultura nos trópicos. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, vol. 25, nº148, abril 1999. Projetos e instalações de processos de reciclagem de resíduos

www.miniweb.com.br/Geografia/Artigos/geologia/erosao.html

BUCKMAN, H.O. BRADY, N.C. Naturaleza Y Propriedades de Los Suelos. Barcelona. 590 p. 1977.

CORRÊA, M. P. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: IBDF 6 v. 1984.

EMBRAPA Agroecologia. Recuperação de Voçorocas em Áreas Rurais.

http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/sistemasdeproducao/vocoroca/index.htm

GRIMSHAW, R. G. Vetiver Grass: The Hedge, Against. p.78, 1990.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE investiga o meio ambiente de 5.560 municípios brasileiros.

www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=363&id_pagina=1

PARKER, D.B.; MICHEL, T.G.; SMITH, J.L. Compaction and water velocity effects on soil in shallow flow. Journal of Irrigation and Drainage Engineering, New York, v.121, n.2, p.170-178, 1995.

THE VETIVER NETWORK (www.vetiver.org) é uma organização internacional sem fins lucrativos, que tem por objetivo promover conhecimentos e informações científicas sobre o Vetiver: na conservação de solo e água; reabilitação de áreas degradadas; estabilização de taludes e encostas; phytoremediação de sítios contaminados; e controle natural de poluentes. Apoiada e financiada pelo Governo Real Dinamarquês, além de importantes e renomados organismos internacionais Atualmente atua em mais de 100 países do mundo, distribuídos pela Ásia, África, América Latina e Caribe, entre eles o Brasil.

TOMPKINS, P. & BIRD, C. A Vida Secreta das Plantas. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura 10 ed. 324 p. 1993.

Esta informação foi fornecida pela Emater ( Caxambu , Minas Gerais)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Conservação de Solos e Água

COMBATE À EROSÃO / ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS

CRITÉRIOS VEGETATIVOS FUNDAMENTAIS

Adaptado da publicação: World Bank Technical Paper Number 273, 1995 (pag.14), "Vetiver Grass for Soil and Water Conservation, Land Rehabilitation, and Embankment Stabilisation ­­ A Collection of Papers and Newsletters Compiled by the Vetiver Network".

A seguir são definidos os critérios que devem ser atendidos e verificados para que uma planta tenha quase 100% de confiabilidade para a estabilização de solos minimizando a erosão e perdas de nutrientes durante o escoamento superficial de chuvas (runoff), e que atenda aos requisitos e padrões de estabilidade da engenharia:

1. Ser capaz de formar uma barreira densa e permanente que contenha enxurradas prevenindo ravinamentos e voçorocamentos.

Isto exige que a planta seja uma cerca viva.

Capins com rizomas inferiores e estoleníferos são incapazes de ter o “poder de contenção” exigido como cerca viva.

Árvores e arbustos são igualmente incapazes de formar uma barreira firme para controlar o fluxo de enxurradas e reter os sedimentos das águas escoadas.

A planta, portanto, deve ser vertical, capim em touceira, que forme uma malha densa como cerca viva, onde o solo não penetre e através da qual somente a água escoe com certa dificuldade enquanto os sedimentos e nutrientes carreados sejam filtrados e retidos.

Deve ser igualmente propagada por meio de clones que se desenvolvam a partir de mudas isoladas, unindo-se para formar uma cerca viva.

2. Ser perene e permanente e capaz de sobreviver durante séculos.

3. Ser de rápido crescimento.

4. Possuir um sistema radicular de penetração profunda capaz de evitar a formação de canículos e fissuras, característicos de certos solos.

Deve atender as normas e especificações de estabilidade de estruturas requeridas pela engenharia na construção de rodovias, ferrovias, canais e reservatórios.

Isto exige um sistema de raízes que consolidem o solo formando uma malha penetrante de muitos metros.

5. A planta não deve apresentar perigo de tornar-se uma erva daninha.

Portanto, deve ser estéril, não produzindo estolhos e rizomas que possam brotar sem controle.

6. Deve estar livre de pragas e doenças, e não ser intermediária ou hospedeira de pestes ou doenças de outras plantas.

7. Os efeitos de competitividade com qualquer lavoura ou plantação devem ser de nível baixíssimo ou praticamente nulos quando comparados aos retornos financeiros obtidos com a redução da perda de solo fértil, umidade e nutrientes naturais.

Logo, a planta deve ter um sistema de raízes que seja essencialmente vertical procurando nutrientes em profundidade e não competindo com raízes superficiais ou intermediárias das lavouras em seu estado latente.

8. Deve prover boa proteção contra incêndios e resistência ao pisoteio do gado, situando-se seu núcleo reprodutivo abaixo da superfície do terreno.

9. Como cerca viva deve ser de baixo custo, de fácil implantação e manutenção.

10. Deve ser de fácil remoção quando não mais requerida.

11. Deve ser capaz de crescimento em vários tipos de solos independente da situação de nutrientes, pH ou salinidade.

Isto inclui areias, cascalhos, conglomerados e solos tóxicos.

12. Deve ser capaz de crescer em ambientes de grande variação das condições climáticas.

Logo, uma vez estabelecida, deverá crescer bem em locais com índices de precipitação pluviométrica de 300mm a 3000mm e com períodos de seca de até 5 meses de duração.

Deve também suportar períodos de inverno de curta duração com temperaturas baixas de ­9° C

e verão com altas temperaturas de 50° C.

13. Deve ser xerófita (resistente a carência de água) e hidrófita (desenvolve-se na água).

14. Deve apresentar condições de aproveitamento secundário com cobertura morta do solo (mulch), suplemento de pastagem para o gado, aplicações em medicina caseira, repressão à insetos e roedores e utilidade como matéria prima de artesanato.

15. Ter capacidade de tecnicamente e financeiramente melhorar as condições de estabilização de solos, encostas e taludes, garantir a conservação da água, proteção e recarga de recursos hídricos e melhorias em saneamento.



PLANILHA DE AVALIAÇÃO VEGETATIVA PARA CONSERVAÇÃO DE SOLOS E ÁGUA


Critério

Vetiver (*)

Substituto ?

1

Perene e Permanente

x (A)


2

Crescimento rápido

x


3

Sistema de raízes profundo, que evite a erosão interna (canículos) e o fissuramento de solos

x


4

Atenda as normas de engenharia para rodovias, ferrovias, obras hidráulicas e mineração

x (B)


5

Resistente à força das enxurradas com capacidade de reter sedimentos e formar terraços

x (C)


6

ESTÉRIL, sem estolhos e rizomas

x


7

Livre de pestes e doenças perigosas

x


8

Não ser hospedeira ou intermediária de pestes e doenças de outras plantas

x


9

Competição mínima com plantas e lavouras adjacentes

x


10

Boa proteção contra o fogo e resistência ao pisoteio do gado

x


11

Baixos custos e fácil manejo na implantação e manutenção

x


12

Facilidade de remoção

x


13

Tolerante a valores extremos de pH, salinidade, toxidade e baixos índices de nutrientes nos solos

x


14

Tolerante a baixos e altos índices de chuvas – 300mm a 3000mm, e períodos extremos de secas – 5/6 meses

x


15

Tolerante a períodos extremos de temperatura, de ­9° C. a 50° C

x


16

Sobrevivência à carência de água e crescimento em áreas periodicamente alagadas

x


17

Sistema radicular agregante do solo formando um grampeamento natural estabilizante de encostas e taludes

x


18

Utilidade em artesanato, paredes e coberturas de casas

x


19

Aplicações em medicina caseira

x


20

Capacidade de sequestro 5kg/ano/planta de carbono incorporados ao solo com melhoras na qualidade do ar

x


(*)Quanto à introdução no Brasil, deve ter ocorrido logo depois do descobrimento, pois acha-se subespontânea por toda a parte, nas praias da Ilha de Marajó e desde a Amazônia até São Paulo (Plantas Úteis do Brasil-Pio Correa) – anterior ao trigo, arroz, cevada e sorgo.

A) As tourceiras de Vetiver não se extinguem porque possuem um sistema interno específico de crescimento das raízes.

B) Ao contrário da maioria dos capins em touceiras, a do capim Vetiver cresce uma na direção da outra procurando sempre formar uma barreira vegetal viva.

C) Os rizomas do capim Vetiver tem aproximadamente 1 cm de comprimento, e se encrespam em si mesmo, razão pela qual sua touceira não se extingue na parte central.




CAPIM VETIVER - DADOS

PRODUÇÃO DE OVOS DE NEMATÓIDES EM GRAMÍNEAS











COM INOCULAÇÃO DE 5 POPULAÇÕES NAS RAÍZES










GRAU DE RESISTÊNCIA / CULTIVAR

PERCENTAGEM DE OVOS









TOMATE - referencial



100%











Susceptível







Milho





11,4 % > 58,6 %


Moderada








Milho





0,1 % > 9,1 %


Setaria





0,5 % > 8,3 %


Resistente








Forragem - sorgo




0 % > 0,08%


Capim Rhodes




0 % > 0,32 %


Capim Pangola




0,04 % > 1,22 %


Capim do genero Panicum



0 % > 0,36 %


Capim Vetiver




0,01 > 0,45 %










TABELA DE FORRAGEIRAS















TIPO

PROTEÍNA

FIBRA

CINZA

CINZA

ÁGUA

CALCIO

POTÁSSIO


BRUTA-%

BRUTA-%

BRUTA-%

TOT. - %

%

%

%









VETIVER - folhas novas

6,1 a 6,7

38 a 42


5,3 a 9,0


0,28 a 0,31

0,05 a 0,60

VETIVER - China

4,4

22,2

4,5


43,2

0,22

0,076

VETIVER - India

6,8

20

4,4


39,5

0,18

0,068









SORGO - silagem

5,2

34


11,0


0,52

0,13

NAPIER - novo

7,8

39


5,3


0,44

0,35

PASPALUM NOTATUM-Bahia

8,9

30


11,1


0,46

0,22




APLICAÇÕES DE CAPIM VETIVER COMO COBERTURA MORTA (MULCH):

· Técnica de plantio de barreiras de capim Vetiver entre as linhas de árvores frutíferas como mecanismo convencional de conservação do solo;

· Cuidados necessários a serem tomados – que as árvores não produzam sombra permanentemente sobre as linha de capim Vetiver – a insolação é essencial para o seu pleno desenvolvimento;

· O capim Vetiver das barreiras é cortado anualmente (deixa-se uma altura de cerca de 30cm), e suas folhas ou hastes são colocadas ao redor das árvores;

· Esta técnica permite duas contribuições positivas para o desenvolvimento da cultura:

· economia no transporte da cobertura morta (mulch);

· proporciona maior conservação de umidade na base das frutíferas.

· Aplicações de cobertura morta (mulch) de folhas (hastes) de capim Vetiver com sucesso na cultura do café, onde além da conservação da umidade do solo obtem-se uma redução de aplicações de herbicidas e inseticidas.

BIOMASSA:

· A produção de biomassa (folhas ou hastes) obtidas com barreiras de capim Vetiver, considerando-se o de 2 a 4 cortes anuais, varia entre 5 e 16 t/ha, sendo uma fonte potencial de material orgânica para melhoria das condições físicas e de fertilidade dos solos agrícolas.


Esta informação foi fornecida pela Emater (Caxambu , Minas Gerais)